

Fernando Rosch de Faria
Texto: Cecília Ferreira | Foto: Guilherme Jungstedt
Fernando Rosch de Faria, 27anos, natural de Toledo-PR, é o responsável pela preparação física dos jogadores da seleção brasileira paralímpica de futebol de sete. O profissional tem licenciatura em Educação Física, pela Universidade Paranaense – Unipar, é Bacharel na mesma área, pela Unipan Anhanguera, e Mestre em Educação Física na área de atividade física adaptada, pela Universidade Estadual de Campinas -UniCamp.
Rosch já atuou na Associação Toledense dos Atletas em Cadeiras de Rodas, na Seleção Brasileira de Handebol em cadeiras de rodas e, também, já fez parte da Associação de esportes adaptados de Campinas. Na Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de Sete, Fernando integra a Comissão técnica desde janeiro deste ano.
O Preparador contou que o primeiro contato com pessoas com deficiência foi através de um projeto de extensão na faculdade. “Quando ingressei na faculdade de educação física, trabalhar com pessoas deficientes não era meu objetivo. Foi através do projeto AMA – Atividade Motora Adaptada que eu fui mudando de ideia e desde então eu não me vejo trabalhando em outro campo”, ponderou.
Sobre os jogos paralímpicos, Rosch avaliou como “um momento de grande expectativa e oportunidade de aprendizado, já que esta é a primeira experiência no futebol PC em campeonatos”, concluiu.

Evandro de Oliveira Souza
Texto: Murilo Gonçalves | Foto: Guilherme Jungstedt
Evandro de Oliveira Souza, 25 anos, é meia- atacante da seleção brasileira paralímpica de futebol sete. Revelado pelo Sesi- São Paulo, no ano de 2012 foi artilheiro do campeonato brasileiro da segunda divisão pelo time paulista. Este destaque rendeu ao jogador a convocação para a seleção brasileira, além de um contrato com a equipe do Vasco em 2013.
O atleta, natural de São Paulo, reside atualmente no Rio de Janeiro onde defende o clube carioca. Evandro conta que a oportunidade na seleção representa a realização de um sonho. “Todo o garoto que joga futebol sonha em vestir a camiseta amarela. Espero continuar defendendo a seleção e representando o Brasil nas competições”, destaca.
Souza já participou de torneios como: Copa América no Canadá, Mundial na Inglaterra, e jogos Parapan em Toronto. O atleta conta que está será sua primeira paraolimpíada. “Vai ser uma competição muito forte, pois teremos times como Ucrânia e Rússia que estão em alta”, frisa. O jogador fala do objetivo da seleção. “Apesar de termos adversários muito competitivos queremos surpreender e ganhar o ouro”, finaliza.

Conheça Guilherme Jungstedt
Texto: Matheus Medeiros | Foto: Anderson Ribeiro
Guilherme Jungstedt formou-se em Jornalismo em 2012, pela Universidade Estácio de Sá, em Niterói, no Rio de Janeiro. De lá pra cá, construiu um extenso currículo na área de comunicação. É assessor de comunicação da Associação Nacional de Deporto para Deficientes (ANDE), há quatro meses. Trabalha como chefe de redação da revista Corner, que traz uma nova proposta para ler, pensar e sentir o futebol. Já trabalhou em Petrópolis e Niterói no Rio de Janeiro, Juiz de Fora, em Minas Gerais e Buenos Aires na Argentina. Em sua passagem pela Argentina, mantinha um blog independente, chamado Infiltrado no Rival: baixando a bola da Argentina em ano de Copa do Mundo no Brasil. É especialista em textos-produção, revisão, correção edição e traduções entre português, inglês e espanhol. Possui experiência em comunicação institucional e publicitária. Atua como locutor de peças publicitárias e compositor/produtor musical. Músico por insistência, Jungstedt já levou sua música para França e Alemanha, cantando pela banda Tuc Tuc. Já no futebol, nunca desperdiçou uma cobrança de pênalti e lamenta que a torcida brasileira não possua gritos de guerra intimidadores para os jogos da Seleção.

Conheça a história de Sebastião Antônio Costa Neto
Por: Anderson Ribeiro
Aos 62 anos, Sebastião Antônio Costa Neto, natural do Rio de Janeiro, é o vice-presidente da Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande). Tião - como é chamado pelos amigos, é portador de paralisia cerebral, advogado e ex-atleta paralímpico.
Ingressou no paradesporto em 1988, nos Jogos Paralímpicos de Seul – Coréia do Sul - onde conquistou sua primeira medalha de bronze. A segunda veio em Barcelona (1992). “Eu trabalhava em uma instituição, e sempre que possível colaborava com o paradesporto, mas com cadeiras de rodas. Em 1988, tinha um grupo no Maracanã, treinando para os jogos de Seul. Fui fazer o teste, e emagreci 46 quilos para participar”, salienta.
Tião começou no atletismo, competia nas provas de arremesso de peso, corrida de 100 metros e lançamento de disco. “Aconteceu minha primeira frustração, porque não teve competição de lançamento de disco, que era a prova que eu era melhor. Porém, conquistei a medalha de bronze com arremesso de peso. No mundial da Holanda, também fiquei muito frustrado, o Brasil estava bem preparado, mas não pode competir por questões burocráticas”, conta.
O futebol de 7 para pessoas com Paralisia Cerebral surgiu em 1989. O vice-presidente diz que, como era muito difícil conseguir atletas suficientes, resolveu participar. “Minha treinadora ficou desesperada. Mas em 1992, em Barcelona, foi o auge da minha carreira. O Brasil ganhou a primeira partida do time dos Estados Unidos e eu defendi um pênalti. Conquistamos sete medalhas”, relembra com emoção.
Em 1994, Costa Neto participou de dois campeonatos mundiais: Atletismo, em Berlim – Alemanha, obtendo a quarta colocação no arremesso de peso; e Futebol em Dublin – Irlanda, tendo o Brasil obtido a sexta colocação geral. Em 1996, participou dos jogos paraolímpicos de Atlanta, onde, aos 43 anos, segundo ele, teve a honra de participar da terceira paralimpíada consecutiva, como goleiro da seleção brasileira de futebol de 7.
O ex-goleiro encerrou sua carreira internacional de Atleta Paralímpico, participando novamente de um campeonato mundial de Atletismo na cidade de Nottingham na Inglaterra, em 2001. “Conquistei a quinta colocação geral no arremesso de peso. Mas parei definitivamente em 2002, após conquistar o tetra campeonato brasileiro de futebol de 7. Me sinto gratificado pelo que fiz e ainda posso fazer pelos portadores de PC. Não busco nenhum cargo politico, não sou politico. Já viajei o mundo, conheço papas, reis e rainhas, mas não é por isso que me acho melhor que os outros”, garante.
Conforme ele, a expectativa para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em setembro deste ano, é a melhor possível. “Temos excelentes atletas. Porém, a responsabilidade é enorme. Temos uma forte pressão em cima do nosso trabalho. Mas estamos realizando-o da melhor maneira. Para mim, que me formei em Direito, no ano de 1983, e abandonei a carreira para seguir no paradesportos – e não me arrependo- este será mais um desafio”, encerra.

Maycon Ferreira de Almeida
Texto: Lauren Brasil | Foto: Anderson Ribeiro
Natural de Campo Grande (Mato Grosso Do Sul) Maycon Ferreira de Almeida, 26 anos, ingressou no esporte através da indicação de um amigo. Há quatro anos é atleta do Caira (MS), por onde conquistou o título de campeão brasileiro.
Quando optou em seguir carreira de atleta paralímpico, não teve muito apoio da família, mas aos poucos, com os bons resultados, o incentivo chegou. Diferente do restante dos familiares o pai foi o único que sempre acreditou nele.
Almeida fala que está bastante confiante e que sabe da responsabilidade de defender a seleção na Paralimpíada no seu país. Para a cidade de Bagé o atleta é só elogios: “A recepção de Bagé foi a melhor de todos os lugares que eu já fui” salienta.
Claudionor Francisco dos Santos, o Sócrates
Texto: Larissa Hummel | Foto: Guilherme Jungstedt
Claudionor Francisco dos Santos é peça fundamental para a Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de Sete. O baiano, conhecido como Sócrates, é quem apoia todas as atividades e motiva os atletas. Aos 54 anos, seu currículo em paraolimpíadas é extenso. Ao entrar para a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) em 1976, conheceu um amigo que o levou para remar. A partir de então, Santos não abandou a vida de esportista. Fez parte do primeiro time de futebol de sete do Brasil, no qual foi centroavante durante quatro anos. Participou de três paralimpíadas: em Nova York (1984), na Coreia do Sul (1988) e em Barcelona (1992). Além do futebol, Sócrates praticou outras modalidades como atletismo e ciclismo. Atualmente, Santos acompanha a seleção em todas as atividades, dando força e transmitido suas experiências aos novos jogadores. “O esporte mudou minha vida. Eu cresci com muita força, adquiri independência e aprendi a me relacionar com a sociedade” afirma.

José Carlos Monteiro Guimarães
Texto: Lauren Brasil | Foto: Anderson Ribeiro
José Carlos Monteiro Guimarães, 37 anos, é natural do Rio de Janeiro e atualmente defende Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (ANDEF). O atleta, que começou a carreira em 2002, tem um currículo recheado de títulos, entre eles : campeão brasileiro 2003, 2005 e 2006, 2004 vice-campeão paraolímpico, 2007 campeão Parapan, 2009 campeão brasileiro, 2010 vice-campeão brasileiro, 2012 vice-campeão mundial, e três vezes campeão da copa América.
Antes de ser jogador da Seleção brasileira, Guimarães trabalhava como ajudante de cozinha no morro da Mangueira e, ao convite de um rapaz, abandonou o serviço e ingressou no esporte para deficientes. De uma família de sete irmãos, ele sempre obteve o apoio da família.
Pai de dois filhos, quando não está jogando gosta de estar brincando com eles “É o que me motiva para estar até hoje treinando em busca dessa medalha de ouro” enfatizou.

Jan Francisco Brito da Costa
Texto e Foto: Larissa Hummel
O camisa 11 da seleção é Jan Francisco Brito da Costa, 28 anos, natural do Rio de Janeiro. Sua relação com o futebol começou desde cedo, ainda na infância. Mas profissionalmente teve inicio aos 23 anos, através do amigo José Augusto, que fazia parte da seleção. Foi ele quem incentivou Jan e o levou para o IBDD – Instituto Brasileiro de Pessoa com Deficiência – no aterro do Flamengo. Atualmente, Jan joga pela Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef). Ter sido convocado para a seleção em 2010, como meio de campo, foi muito importante na vida do atleta, “ingressar na seleção paralímpica nos tornar espelho para outros jogadores, além disso, carregamos a responsabilidade de defender o Brasil fora do país e representar a nossa bandeira, por isso é tão importante” afirma.
Ao longo de sua carreira, Jan foi o Melhor do Mundo em 2014, 4°melhor jogador nas Paralimpíadas em Londres (2012), melhor jogador no Parapan em Toronto (2015) e em Intercontinentais conquistou dois 2° lugares e um primeiro lugar. Participou de dois mundiais, em Holanda (2011) e Inglaterra (2015). A família e os amigos sempre o apoiaram estiveram presentes na carreira de Jan, “o futebol melhorou minha vida como homem e cidadão”, salienta.

Pablo Vinicius da Costa Bandeira Reis
Texto e foto: Cecília Ferreira
Pablo Vinicius da Costa Bandeira Reis, 37 anos, natural do Rio de Janeiro, é o Fisioterapeuta da Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de Sete. Graduado desde 2006 pelo Instituto Metodista Bennett, Vinicius atua no esporte paralímpico desde 2009.
O fisioterapeuta tem especialização em Geriatria e Gerontologia. Ele morou em Washington DC durante dois anos, onde iniciou uma formação em Pilates, que concluiu no Brasil. Já atuou no Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo; na Academia Fisiofitness em RJ e no Clube e ADDP Cabo Frio.
Na área do paradesporto, Vinicius iniciou a jornada através de um convite da Associação Nacional de Desporto para Deficiente – Ande, e, desde então, atua na Seleção Brasileira de Futebol de Sete. Como integrante da Comissão da Ande, já participou do Campeonato Mundial na Ucrânia em 2009, das Paralímpiadas de Londres em 2012, dos Jogos Parapan-Americanos em 2015 e, neste ano, participa da preparação para a Paralimpíada Rio 2016, que acontece em Setembro.
Sobre os Jogos Paralímpicos, o fisioterapeuta afirmou estar ansioso e confiante. “Além de jogar ‘em casa’, estamos nos preparando muito para esta competição. É uma alegria fazer parte dessa comissão e representar a minha profissão e o país neste evento de tamanha importância. É uma sensação inexplicável”, assegurou.
Ele ainda comentou sobre a paixão pelo esporte. “Eu fui escolhido pelo paradesporto. Quando fui convidado para trabalhar na área, eu não tinha experiência e não sabia o que me esperava. Hoje não me vejo fora da modalidade”, ressaltou o profissional.

Felipe Rafael da Silva Gomes
Texto: Matheus Medeiros | Foto: Guilherme Jungstedt
Natural do Rio de Janeiro, Felipe Rafael da Silva Gomes tem 21 anos e ocupa a camisa de número 16 da Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol 7, desde Abril de 2015 e de lá pra cá, já obteve diversas conquistas, tais como: terceiro lugar no Mundial da Inglaterra, em 2015; Bicampeão Brasileiro no ano de 2014 e 2015; Copa Rio-SP em 2016 e foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro, em 2015.
Segundo Rafa, como é conhecido pelos colegas de trabalho, a única dificuldade que teve foi em relação a força, por ter mais resistência do lado direito do que o esquerdo, mas afirma que isso nunca foi um empecilho para jogar.

Hudson Hyure do Carmo
Texto: Matheus Medeiros | Foto: Guilherme Jungstedt
Natural do Mato Grosso do Sul, Hudson Hyure do Carmo tem 19 anos e ocupa a camisa de número 19 na Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de Sete. Ele já foi vice-campeão pelo futebol Sub-20 e há oito meses atua pela Seleção.
Desde que começou a jogar, obteve muitas conquistas, como: Artilheiro do Campeonato Brasileiro; Revelação e melhor jogador do Campeonato Centro-Oeste e Campeão da Copa Rio-SP.
Antes de chegar na seleção, ele atuou pela Associação Desportiva para Deficientes (ADD) e atualmente, quando não está vestindo a camisa canarinho, joga pelo Vasco da Gama.
O atleta afirma jogar porque gosta e relata nunca ter tido dificuldades. Para ele, a deficiência não atrapalha o seu desempenho.

Conheça o neurocirugião da Seleção Paralímpica de Futebol 7
Adicione mais informações sobre este item..
Dr Agnaldo Bertucci é natural de Bauru (SP), neurocirurgião, médico da seleção paralímpica de futebol 7, ligado ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.
Formou-se em Medicina na Universidade de Marília – UNIMAR, em 1896;
Cursou dois anos de Neurologia, na Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho;
Fez também, três anos de Neurocirurgia, na Universidade Federal de Uberlândia;
E bacharelado em Filosofia, na Faculdade Católica de Uberlândia.
Pela seleção, já participou de diversas atividades:
Em 2011, participou dos Jogos Paralímpicos de Londres, na Inglaterra;
Já em Maio de 2012, participou do Campeonato Internacional de Futebol 7, na Ucrânia;
Participou também do Campeonato Mundial de Futebol 7, realizado na Holanda, em Junho de 2011;
Esteve presente na Copa América de Futebol 7, realizado em Buenos Aires, na Argentina, em 2010;
E auxiliou a seleção no Campeonato Mundial de Futebol 7, também na Holanda, em Outubro de 2009.
Curiosidade: fora do âmbito medicinal, Bertucci explora seu lado artístico compondo.

Fernandes Vieira, o Garrincha
Texto: Renan Silveira Foto: Anderson Ribeiro
Fernandes Celso Alves Vieira, conhecido como Garrincha, 36 anos, é zagueiro/ala na seleção brasileira paralímpica de futebol de 7.
Ingressou na modalidade em 2011, mas sempre gostou de futebol e joga desde criança.
Garrincha participa pela segunda vez de uma paraolimpíada. Em 2012 e obteve o 4° lugar em Londres. "É uma grande responsabilidade jogar em casa, mas estamos bastante confiante, treinando forte para isso. Quanto à cidade só temos elogios, o pessoal nos acolheu e recebeu muito bem. A expectativa é grande, esperamos obter sucesso", salienta.

Conheça o Di Maria!
Texto Larissa Hummel | Foto Guilherme Jungstedt
Diego Delgado da Silva (Di Maria), 20 anos, natural do Rio de Janeiro, estréia sua primeira paralimpíada em 2016. Aos 17 anos de idade fez o teste para o Vasco da Gama/RJ, a convite de um amigo, e na hora foi aprovado e convocado para a seleção brasileira de futebol de 7.
Desde o começo contou com o apoio e o incentivo da família e dos amigos. A expectativa de Delgado para as paralimpiadas é a melhor, “queremos a medalha de ouro” afirma. Di Maria define o futebol como a base de tudo em sua vida e ficar longe da família é a principal dificuldade. Mas todo esse esforço é recompensado com o carinho que recebem do público “a recepção da cidade de Bagé vai ficar marcado na memória de todos” salienta.

Igor Romero Rocha
Texto e Foto: Anderson Ribeiro
Igor Romero Rocha, 20 anos é natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O atleta que começou sua carreira em 2013 em times amadores, hoje ocupa uma vaga importante na Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de 7. O atleta comenta que é um orgulho representar o país em uma competição como os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. “Não podemos esquecer de onde viemos. Fui descoberto no Caira-MS. E joguei muitos campeonatos no centro-oeste. A partir daí passei para o sub 20, copa América e outros campeonatos”, relata. Rocha diz que a equipe está trabahando para conquistar a medalha de ouro. “Estamos em um bom caminho. Muito focados. A pressão é normal e saberemos transformá-lá em resultados”, completa.

Leandro Gonçalves do Amaral
Texto: Erica Eickoff Foto: Anderson Ribeiro
Leandro Gonçalves do Amaral, 22 anos, natural de Nova Andradina (Mato Grosso do Sul), começou a jogar no futebol convencional com 11 anos, como brincadeira. Com 12 anos migrou para o Clube Esportivo Nova Esperança (CENE). Amaral conta que com 16 anos se profissionalizou no esporte, porém em agosto de 2009, sofreu uma lesão no joelho esquerdo. “Para mim, ali era o fim da minha carreira como jogador e como profissional”, afirma.
Mal sábia Leandro que representaria o Brasil nas Paralímpiadas deste ano, no Rio de Janeiro. Há três meses na Seleção Brasileira Paralímpica de futebol de 7, realiza as séries de treinos preparatórios, compartilhando com os demais jogadores o sonho de conquistar a medalha de ouro para a seleção.

Wesley Martins: Atacante da seleção
Texto Willians Barbosa e foto Anderson Ribeiro
Wesley Martins, 26 anos, é natural de Campo Grande (Mato Grosso do Sul). Na posição de atacante há dois anos, a seleção é a primeira equipe profissional em que ele atua.
Ele relembra como foi sua convocação. “Foi por puro acaso. Eu jogava só amadoramente, quando me conheceram e me convidaram a me profissionalizar junto à Seleção”, salienta.
Desde lá, participou de algumas competições importantes, como o ParaPan, em Toronto. O jogador cursa, atualmente, o último semestre de Educação Física, e pretende usar sua formação no esporte adaptado. Sobre seus objetivos, é certeiro: A medalha de ouro em Setembro!.

Fabrízio Nascimento: O Caçula da seleção
Texto Willians Barbosa e foto Anderson Ribeiro
Fabrízio Nascimento, natural de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), é o caçula do time. Com 20 anos, ele atua na Seleção Paralímpica desde janeiro desse ano.
Sua primeira aparição no futebol profissional foi no Campeonato Brasileiro paralímpico em novembro de 2015. Tendo sido considerado um dos destaques daquela temporada, foi chamado para atuar junto à Seleção.
Apesar de se considerar tranqüilo em relação às expectativas, ele reconhece a responsabilidade de vestir a camisa verde e amarela. "Afinal, são milhares de pessoas torcendo, e você tem que retribuir de alguma forma. Pressão, sempre tem. O que se deve fazer é pegá-la e transformar em jogo no campo", completa.

Marcos dos Santos Ferreira, o Marcão
Texto: Yuri Dias Foto: Murilo Gonçalves
Desportista do Caira (Mato Grosso do Sul), Marcos dos Santos Ferreira (Marcão), 37 anos, tem no currículo a participação de cinco paralimpíadas. A primeira convocação para a seleção ocorreu aos 18 anos. “Sempre participava das partidas de futebol do meu bairro. Certo dia, um amigo me convidou para fazer um teste no Caira. Na época, eu tinha 17 anos. Passei e, no ano seguinte, já estava na seleção”, conta.
O primeiro torneio que Marcão disputou foi a paraolimpíada em Atlanta (1996). Logo, participou também de Sydney (2000), Atenas (2004), Pequim (2008) e Londres (2012). A competição do Rio de Janeiro será a última na carreira do goleiro. “Antigamente, a disputa era totalmente amadora. Hoje, temos grandes profissionais que nos dão suporte para trabalharmos.”, enfatiza.
Marcão define o futebol como o fato mais importante de sua vida. “Quando é falado o termo deficiente, as pessoas pensam que temos sérios problemas de locomoção. Somos atletas que nem outros. Tudo que eu conquistei foi através do futebol”, salienta.

Gilvano Diniz da Silva
Texto: Yuri Dias Foto: Murilo Gonçalves
Atleta do Vasco da Gama, Gilvano Diniz da Silva (Jean Diniz), 32 anos, tem apenas três anos de envolvimento com o futebol paralímpico. Ele se define como “um cara teimoso e muito insistente”. E explica: “desde os tempos de escola, praticava todos os esportes que podia e desenvolvi habilidades em todos”, afirma.
Em 2009, Gilvano ingressou na Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef), na modalidade de vôlei sentado. “Disputei torneios nacionais pelo esporte até 2012. Num desses, o técnico de futebol sete paraolímpico do Vasco me convidou para migrar para o esporte. No futebol, sempre fui goleiro. Topei na hora. Fui aprovado já no primeiro dia dos testes”, conta.
A primeira competição que Gilvano disputou foi pelo Vasco B, na segunda divisão do torneio nacional. Foi campeão e premiado como o melhor goleiro. Posteriormente, foi promovido para o time principal e repetiu os dois feitos, na primeira divisão. “Fui convocado para a seleção em 2013. Aí atingi meu ápice, pela minha insistência. Os treinos para as olimpíadas são rigorosos. Deficiências? Nos adaptamos e vencemos”, conclui.

Paulo Cabral: Uma vida dedicada ao futebol paralímpico
Texto: Estefânia Borges Foto: Paulo Camacho
Paulo Alberto da Veiga Cabral, 53 anos, é o técnico da Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de 7. Natural do Rio de Janeiro, ele atua desde 1983 com educação física adaptada. Em 2013, recebeu um convite da Associação Nacional de Desporto para Deficiente (ANDE) para atuar na seleção brasileira.
O treinador iniciou seu trabalho na seleção de futebol de 7 sub-20. No ano seguinte, passou para a preparação física do time profissional. Em 2015, assumiu como técnico da equipe principal, levando a seleção aos Jogos Pan-Americanos, em Toronto. “Antes disso, trabalhei com futebol convencional, mas não existe nada mais prazeroso do que treinar uma equipe paralímpica. A nossa missão é inserir o atleta na sociedade e enfrentar as dificuldades de cada dia”, ressalta. Além disso, o treinador conta que tecnicamente, não existe diferença entre o convencional e o paralímpico, pois a atuação dos atletas é a mesma.
Cabral garante que se sente em casa na seleção paralímpica, e que nunca pretende se desligar da equipe. “Um dia não vou mais fazer parte da comissão técnica, porém sempre vou estar ligado de alguma forma à seleção”, salienta.

Jonatas Santos Machado
23 anos - Natural do Rio de Janeiro
Começou a jogar em 2010, por convite de um colega que já jogava. Teve dificuldade financeira no início, mas assim que começou a jogar e se destacar, acabou ganhando bolsas, o que facilitou. Iniciou sua carreira profissional jogando pelo ANDEF, onde conquistou duas medalhas de prata no campeonato brasileiro e uma de ouro no campeonato carioca. Já pelo Vasco, onde joga atualmente, além da seleção brasileira, conquistou doIs campeonatos brasileiros, referente ao ano de 2014 e 2015. Conquistou também a copa Rio São Paulo em 2012. Jonatas afirma que desde pequeno soube lidar com a deficiência e nunca se achou inferior por isso. "Sempre lutei de igual pra igual e a deficiência não atrapalhou", ressalta.
Fotos e texto: Matheus Medeiros

Wanderson: O atleta paralímpico melhor do mundo
28 anos - natural do Rio de Janeiro
O atual camisa 10 da Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de 7, Wanderson Silva de Oliveira, natural do Rio de Janeiro, com seus 28 anos, já foi eleito duas vezes o melhor jogador paralímpico do mundo e participou de diversas competições, entre elas, três mundiais, duas paraolimpíadas, duas copa américas, três copa intercontinental, um parapan, além de campeonatos individuais.
Oliveira conta que desde seus oito anos começou a se envolver com o futebol convencional, em 2007 conheceu a modalidade paralímpica, após cinco meses de treinamento, foi convocado a participar da Seleção Brasileira Paralímpica, desde então sonha com a tão famosa medalha de ouro.
Segundo Oliveira, das cidades incluídas, Bagé tem uma ótima estrutura para a preparação da equipe, e sente-se agradecido pela recepção que o município vem tendo com os jogadores. “ Venho treinando com o objetivo de conquistar a medalha de ouro, um sonho que não é apenas meu, mas de toda a equipe, que está focada nesse objetivo, pois hoje é a única medalha que falta para o Futebol de 7, com certeza sairemos daqui com o pensamento de dever cumprido”, afirma.
Fotos e texto: Érica Eickoff