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Público lotou o complexo cultural do Museu Dom Diogo de Souza

  • Texto: Anderson Ribeiro Fotos: Érica Eickoff
  • 11 de mar. de 2016
  • 2 min de leitura

A noite de quinta-feira (10) ficará marcada na memória dos acadêmicos e professores da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), pela recente aula magna da instituição. O complexo cultural do Museu Dom Diogo de Souza lotou seus mais de 350 lugares para receber o fisiologista da Seleção Brasileira Paralímpica de Futebol de 7, José Irineu Gorla. Com o tema “Deficiência é socialmente construída”, o palestrante buscou desconstruir preconceitos sobre pessoas com deficiência e chamar a atenção dos presentes para este assunto.

“O objetivo é mostrar que nós somos os deficientes por não perceber a capacidade e as potencialidades das pessoas. Precisamos abordar muito sobre o termo inclusão, que é muito falado, mas devemos tratar como direito de cada um” explicou Gorla.

O profissional afirma que outro termo que deve ser desconstruído é a palavra superação. “Isso já está ultrapassado. Nos superamos todos os dias. Estar aqui falando para essa platéia é uma superação. O público presente ter saído de suas casas para vir aqui assistir a palestra é uma superação. Porque usar esse termo somente para falar de pessoas com deficiência?”, frisou.

Na oportunidade, o fisiologista apresentou vários exemplos de atletas paralímpicos, que não deixaram o preconceito e a discriminação afetar sua carreira. Um deles foi o jogador de futebol de 7, Wanderson Oliveira, que com seus 28 anos já foi escolhido duas vezes como o melhor do mundo na categoria.

Exemplos de sucesso no esporte paralímpico não faltam. A Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande) tem como atual vice-presidente Sebastião Antônio Costa Neto, que em 1988 começou no atletismo, ganhando medalhas em jogos paralímpicos. Aos 43 anos participou das paraolímpiadas, em Atlanta, e foi o primeiro goleiro da seleção de futebol de 7.

A pró-reitora de Inovação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Urcamp, Elisabeth Drumm, comentou que o tema da aula magna foi escolhido para possibilitar um momento de reflexão para todos os presentes. "Esta é uma oportunidade de debater o tema. Tanto em Bagé, quando nas cidades vizinhas, pois temos acadêmicos de toda a região”, salientou.


 
 
 

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